Lipoaspiração: Esculpindo corpos
Entre todos os procedimentos que envolvem a cirurgia plástica, a lipoaspiração representa, hoje a intervenção mais procurada no brasil. Pode-se dizer que dentre todas as técnicas a lipoaspiração foi a que sofreu maior e mais rápida evolução. Nos primeiros anos da década de 80, quando surgiu e começou a ser praticada no Brasil, a lipoaspiração utilizava cânulas grossas, cujo calibre chegava a 1cm. Em matéria de resultado a técnica deixava muito a desejar, porque depois da operação era comum que o paciente ficasse com ondulações e depressões na pele. Hoje as cânulas de lipo são finíssimas – entre 2mm a 6mm-, o que causa muito menos imperfeições no resultado final da cirurgia.
Consiste na aspiração de gordura localizada através de cânulas conectadas a seringas ou ligadas a um aparelho de sucção. Elas são introduzidas no corpo, por um corte de até 5mm, até a camada de gordura (que pode ser mais superficial ou mais profundo), e fazem a aspiração de determinada quantidade de células gordurosas.
A sociedade Brasileira de cirurgia plástica recomenda uma aspiração máxima de 5% de todo peso corporal, considerando uma pessoa com cerca de 70 quilos. Acima desse percentual, há riscos de complicações clínicas como anemia acentuada, distúrbios metabólicos e até a morte.
É possível fazer lipoaspiração em várias regiões do corpo, porém o limite total não pode ultrapassar os 5% do peso corporal. Contudo, quando há necessidade de lipoaspirar muitas regiões do corpo, os bons cirurgiões costumam indicar cirurgias em etapas, com 3 meses de intervalo entre uma e outra, para haver tempo de recuperação.
Áreas que costumam oferecer excelentes resultados são: culotes, parte interna da coxa e dos joelhos, cintura, costas, laterais da barriga, acima do bumbum e papadas.
As regiões que apresenta flacidez não devem ser lipoaspiradas. Ex.: mulheres que ganharam muito peso na gravidez e ficaram flácidas. Também não se deve lipoaspirar acima da linha da mandíbula, no rosto, onde há pouca concentração de gordura e muitos nervos (podendo haver comprometimento dos movimentos), além de regiões ricas em vasos como o dorso das mãos e dos pés. Há risco de rompimento e lesão.
Contraindicação relativa: Pacientes acima de 55 anos.
Contraindicação: Lactantes, diabéticos, portadores de lúpus ou HIV, pacientes com problema de coagulação, pacientes cardíacos, hipertensos e pacientes em processo de emagrecimento.
Algumas técnicas para realização da Lipoaspiração:
- Lipoaspiração: A mais tradicional e menos controversa técnica de modelagem de contornos através de aspirações da gordura localizada.
- Lipoescultura: Técnica de retirada através de aspiração da gordura localizada e de seu reaproveitamento como enxerto para preenchimento em outra área. Depois de ser retirada de uma região onde existe acúmulo, a gordura é lavada quimicamente e filtrada para reaproveitamento.
- Lipoaspiração ultrassônica: Técnica de retirada de gordura através de cânulas que produzem ondas ultrassônicas para romper e explodir as moléculas de gordura deixando-as liquidas e mais fáceis de serem aspiradas.
- Vibrolipossucção: Técnica de retirada de gordura através de um pistão de ar comprimido ou mecanismo elétrico, que faz uma cânula finíssima vibrar para frente e para trás e em movimentos rotatórios, rompendo as células de gordura e deixando-a mais fluida e fácil de ser aspirada.
- Lipoaspiração superficial: Técnica que visa desprender a pele da camada de gordura para que esta se reorganize melhor, ficando com um aspecto mais liso e regular. Este procedimento visa soltar a pele nas regiões onde há FEG e só então retirar a gordura de uma camada superficial da pele, chamada areolar.
- As minilipos seguem os mesmos princípios da lipoaspiração clássica, mas com mínimo de retirada de gordura, cerca de 200 a 300ml de uma única região.
- Megalipoaspiração: Técnica que visa eliminar uma quantidade extrema em litros de gordura e proposta como tratamento cirúrgico contra a obesidade.
Riscos da realização da lipoaspiração:
Embolia pulmonar, já que a gordura manipulada pode se encaminhar para a corrente sanguínea, atingindo pulmão e comprometendo suas funções. Perfurações de órgãos como o intestino em lipo de abdome.
Pós-operatório:
O corpo demora cerca de 2 meses para se livrar dos hematomas. Hematomas e inchaço têm a ver com o tipo de pele e circulação de cada paciente. Algumas pessoas absorvem rapidamente o hematoma, que desaparece em cerca de 15 dias. Há outras que ficam roxas cerca de 1 mês e meio a 2, e o hematoma tende a se alastrar para áreas vizinhas. O processo de coloração do hematoma vai do roxo escuro ao roxo azulado passando, em seguida, para o amarelado até desaparecer completamente.
Há dor após a cirurgia e essa dor é aliviada após 1 semana, com o passar do tempo a sensibilidade à dor diminui e em cerca de 15 a 20 dias já terá diminuído sensivelmente.
→ Consultoria + Escola de Estética e Cosmetologia: Clique aqui!