Estrias: teorias e características. É o que veremos agora!

Em 1982 foram descritas como cicatrizes, porém estudos histológicos de Pieraggi demonstraram que a estria é uma atrofia tegumentar adquirida, de aspecto linear e sinuoso, inicialmente avermelhada, e evoluindo depois para uma cor esbranquiçada e mais tarde brilhante e nacaradas e perpendiculares as linhas de fenda da pele, ou seja, ao eixo de maior tensão do tegumento.

Leaver em 1991, destaca que além do fator mecânico (estiramento cutâneo), as estrias são causadas pela consequente perda de fibras elásticas, ligadas a fatores de natureza endocrinológicas (hormonais), uso de hormônios esteroidais e predisposição genética e familiar.

Ocorre um rompimento da elastina, fibras elásticas, por ultrapassar a capacidade de distensão da pele, há também fragmentação, desordenamento de colágeno, as fibrilinas diminuem. Outro importante motivo pelo qual surgem está relacionado com a desidratação cutânea, pois os tipos de pele mais secas possuem maior predisposição para o surgimento das estrias (VANZIN, 2011).

São encontradas em ambos os sexos e etnias, nas mais variadas fase da vida. Sendo mais comum nos adolescentes e nas gestantes.

Quando comparadas com uma pele normal possuem redução significativa de fibrilina, colágeno e elastina podendo apresentar-se rubras ou esbranquiçadas (LAGE, 2013).

É uma sequela irreversível.

 

Fase evolutiva das estrias:

No início são avermelhadas ou violáceas e após um período que varia entre 4 a 18 meses e, podem estar discretamente elevadas, uma vez que se apresentam edemaciadas devido ao processo inflamatório, o que explicaria uma ocasional queixa de prurido. Depois de um tempo tornam-se nacaradas, esbranquiçadas com aspecto lustro, quando são denominadas como albas (KEDE, 2005; LIMA, 2005).

A coloração da estria depende da associação do componente microvascular e do tamanho e atividade dos melanócitos. Em pacientes de fototipo mais alto, as estrias recentes costumam ser hipercrômicas (COSTA, 2012).

 

Classificação das estrias:

  • Rubras – Mais recentes, melhor prognóstico, estão com coloração avermelhada.
  • Nacaradas – Brancas, albas. Estria mais antigas, já não tem processo inflamatório instalado.

Alguns fatores favorecem ao surgimento da estria, como:

  • Genética
  • Efeito sanfona
  • Estiramento na puberdade
  • Gestação
  • Uso de corticoides
  • Aumento rápido de massa muscular

As regiões mais acometidas pela estria são:

  • Mama
  • Coxa
  • Glúteo
  • Ombros
  • Abdome
  • Lombar
  • Parte interna da coxa
  • Axila
  • Região poplítea

A etiologia ainda está em discussão, mas aparentemente está relacionada a distensão dos tecidos e à atividade adrenocortical e estrogênica.

De forma geral os tratamentos para estrias visam promover um processo inflamatório controlado para os fibroblastos produzirem colágeno, elastina e recompor o tecido lesionado.

Indicação home care: Ac. Hialurônico, hidroxiprolina, hyxel (silício + ac. Hialurônico), vitamina c, silício orgânico.

Estria X Cicatriz:

Segundo Bravim, as lesões apresentam perda da elasticidade e da compactação, mas são histologicamente diferenciadas de lesões senis ou cicatrizes, porque nelas os fibroblastos se apresentam de forma estrelada e nas atróficas a forma dos fibroblastos predominante é a globular. Por isso, são alterações histológicas completamente diferentes, não podendo ser comparada com nenhuma outra lesão dérmica.

Espero que tenha gostado de saber sobre as estrias: teorias e características.

 

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Nath

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