Saber sobre os tipos de olheiras é fundamental para o tratamento. Vamos ver mais agora sobre isso!
Para a compreensão da etiologia e diagnóstico adequado da melanose periocular, popularmente conhecida como olheiras, é importante entender sobre a anatomia da pálpebra. Vários fatores anatômicos podem contribuir, como os ligamentos malares e zigomáticos, a estrutura óssea, o tecido mole, proeminência do músculo orbicular do olho, a vascularização e a pele fina das pálpebras que possuem pouco ou nenhum tecido subcutâneo.
Manter a integridade do globo ocular, protegendo contra fatores externos e auxiliando na remoção dos corpos estranhos, drenagem e distribuição da lagrima, evitando assim o ressecamento dos olhos, são algumas das funções das pálpebras.
A pele palpebral é a mais fina do corpo, com espessura variando 0,7 e 0,8 milímetros. A pálpebra superior estende-se até a sobrancelha e a inferior estende-se até a borda inferior orbital. Nessa região são formadas dobras onde o tecido conjuntivo frouxo da pálpebra inferior se sobrepõe ao tecido mais denso da bochecha.
Caracterizada por uma hipercromia da região periorbital de origem multifatorial, as olheiras não são prejudiciais à saúde e nem está associada a qualquer morbidade. A hiperpigmentação periorbital não tem sua etiopatogenia bem esclarecida, apesar de ser bastante comum e afeta ambos os sexos, de qualquer etnia, mas em especial as mulheres.
Pode estar presente ao redor dos olhos de forma bilateral e simétrica, porém um lado pode estar mais comprometido que o outro, afetando as pálpebras superiores e inferiores ou ambas e estendendo-se a glabela e parte superior do nariz.
Em sua etiopatogenia ocorre o envolvimento de fatores extrínsecos (tabagismo, exposição ao sol, medicamentos, privação do sono…) e fatores intrínsecos (genética).
Os principais diagnósticos diferenciais das olheiras infraorbitárias são: acantose nigricante, amiloidose periorbital, equimose, melasma, melanose de Riehl, lentiginose e novo de Ota.
Acredita-se que a maioria das olheiras possuam componentes mistos, sendo a melanina e a hemossiderina encontradas em quase todos os tipos de olheira, seja em maior ou menor grau. Mas de forma geral, ela é classificada em 3 tipos de olheira.
Tipos de Olheiras
Olheira Vascular:
Aparece com tonalidade azul na área infra orbital, rosa ou roxo, sem inchaço. O tipo predominantemente vascular aparece durante a infância e a adolescência, com padrão de herança. Nele, a cor da pele é mais escura devido a vascularização excessiva e cumulo de hemossiderina, resultado da lise de hemoglobinas quando há extravasamento sanguíneo.
Olheira pigmentar:
Aparece com tonalidade marrom na área infra orbital. Aparece com idade mais avançada, como consequência da exposição solar excessiva e cumulativa. Os melanócitos, células responsáveis pela produção de melanina, são os principais envolvidos. São células que possuem memória e sempre que são estimuladas por luz solar, medicamentos ou outros fatores aumentam o metabolismo, contribuindo para a manutenção do processo de pigmentação.
Olheira estrutural:
Aparece com sombras formadas pelos contornos da superfície anatômica facial. Pode ser associado a bolsas palpebrais, blefaroptose e perda de gordura com proeminência óssea.
Com o envelhecimento, há diminuição do tecido subcutâneo principalmente na região malar da bochecha, afinamento e flacidez de pele, acentuando a depressão da borda periorbital e do sulco nasojugal, causando um sombreamento na área.
O tratamento deve levar em consideração todos os fatores como estilo de vida, histórico familiar, doenças, medicamentos… além dos tipos de olheiras apresentada, para que a condição seja corrigida ou amenizada. O tratamento pode ser único ou combinado.
Como orientação de prevenção ao seu cliente não esqueça das orientações:
– Dormir 8h por dia;
– Hidratação;
– Evitar consumo de álcool e tabagismo;
– Usar ativos que melhores a circulação.
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