Preparada para conhecer os tipos de foliculite? Então vamos!

Foliculite é uma piodermite que se iniciam no folículo piloso. O folículo piloso são estruturas responsáveis por formar os pelos e estão localizados por todo o corpo, exceto palma das mãos e planta dos pés, lábios e nas membranas mucosas.

A foliculite é uma doença universal, que incide em todas as idades.

O germe habitualmente encontrado nessa disfunção é o estafilococo plasmocoagulase positivo; não obstante, em condições de debilidade do hospedeiro, o processo pode ser desencadeado por outros microorganismos, como bacilos coliformes e estafilococos plasmocoagulase negativos.

Compreendem forma superficial (ostiofoliculite) e duas formas profundas (sicose e hordéolo). São doenças universais, que incidem em todas as idades. As sicoses ocorrem mais no adulto. Algumas situações podem favorecer seu desenvolvimento, gerando diferentes tipos de foliculite.

A principal causa da foliculite é devido à uma infecção causada pela bactéria Staphylococcus aureus. Além dela, outras bactérias, fungos e vírus podem estar envolvidos no aparecimento dessas lesões cutâneas.

Porém, alguns fatores podem tornar a pessoa mais suscetível à situação, como doenças que baixam a imunidade corporal (diabetes, leucemia, HIV) ou problemas de pele, como acne.

A infecção se apresenta em forma de pequenos pontos avermelhados, semelhantes a espinhas. Dependendo da extensão do processo inflamatório.

Na foliculite superficial o folículo forma uma espécie de carocinho avermelhado, que pode ou não conter pus. Causa irritação na pele, coceira, aumentando a sensibilidade em alguns casos pode causar dor e queimação local. As chances de complicações nesses casos são bem menores.

Na foliculite profunda é possível perceber a formação de furúnculos. Nesse caso, a inflamação se estende por todo o folículo piloso, alcança a raiz e resulta em uma lesão vermelha que possui um nódulo endurecido e com pus no centro. As chances de destruição do folículo piloso são muito grandes e com isso existe a possibilidade de formação de cicatrizes.

Veremos agora os tipos de foliculite…

Tipos de foliculite:

– Foliculite estafilocócica

É o tipo mais comum de foliculite e ocorre quando os folículos estão infectados pela bactéria Staphylococcus aureus. É caracterizado por uma inflamação com pus, associada a coceira local, podendo ocorrer em qualquer região do corpo.

– Foliculite por pseudomonas (foliculite de banheira quente)

Ocorre em ambientes úmidos e aquáticos, devido aos níveis irregulares de cloro e pH, como banheiras, hidromassagens e piscinas. A infecção pode se manifestar entre 8horas até 5 dias depois da exposição.

– Sicose de barba

A lesão é pústulosa folicular centralizada por pelo e podem ocorrer placas vegetantes e infiltradas. Se não tratadas em tempo, as lesões tendem a se cronificar. A sicose da barba não interfere no crescimento dos pelos. Existe uma forma denominada sicose lupoide, na qual a lesão é cicatricial, com disposição circinada e atividade na periferia das lesões. A única diagnose diferencial da sicose da barba é com a tinha da barba. O exame micológico dirime a dúvida.

– Foliculite decalvante (capilar)

Forma rara de foliculite de caráter crônico, geralmente produzida por staphylacoccus aureus, que leva a destruição dos folículos, resultando em alopecia cicatricial. Geralmente, cultiva-se staphylacoccus aureus a partir do pus das lesões foliculares, embora ocasionalmente possam ser isolados germes gram-negativos.

– Foliculite queloideanas da nuca

Acomete principalmente homens de pele negra. Os indivíduos afetados apresentam, geralmente, politriquia, isto é, fusão de folículos na superfície da pele, dos quais emergem dois ou três pelos. A enfermidade começa com foliculite profunda causada por estafilococos e, muito raramente, por bactérias gram-negativas. Segue-se a formação de fibroses com cicatrizes queloideanas.

– Foliculite por gram-negativos

Ocorre quando se faz um uso recorrente e/ou prolongado de antibióticos para tratamento de acne. Esses medicamentos alteram os níveis normais da pele, auxiliando a proliferação das bactérias gram-negativas. Durante o tratamento da acne vulgar ou da rosácea com tetraciclinas ou macrolídeos, pode subitamente surgir quadro de pústulas, acompanhadas ou não de lesões nodulares e císticas. As culturas do material das lesões podem revelar Escherichia coli ou aerogenes, Proteus mirabilis, Klebisiella pneumoniae, Serratia marcescens ou outros organismos gram-negativos.

– Foliculite pitirospórica

Comum em adolescentes e homens, esse tipo de foliculite se desenvolve devido a fungo Malassezia. A inflamação tem aspecto avermelhado e normalmente se situa no pescoço, ombros, braços e rosto.

– Foliculite eosinofílica

Ocorre principalmente em pessoas portadoras do vírus HIV, mas a causa ainda não é conhecida, apesar de envolver o mesmo fungo responsável pela foliculite pitirospórica. É caracterizada por manchas vermelhas e feridas com pus, que coçam. Normalmente essas feridas se espalham pelo corpo, o que acaba deixando a área afetada escurecida.

– Foliculite superficial, ostiofoliculite ou impetigo de Bockhart

É uma forma particular de impetigo e apresenta pequena pústula folicular da qual, após ruptura e dessecação, forma-se crosta. A pústula não interfere no crescimento do pelo ou cabelo. As lesões são geralmente numerosas, localizando-se de preferência no couro cabeludo e nas extremidades. O processo, ganhando a profundidade pode se cronificar.

– Pseudofoliculite

É o nome científico para o pelo encravado que acontece simplesmente quando o pelo nasce e volta para o folículo, podendo gerar até um processo inflamatório. Os pelos mais grossos ocasionalmente podem curvar-se e penetrar na pele provocando irritação, porém não apresenta uma infecção importante.

– Pseudofoliculite da barba

Afecção mais comum em homens de pele negra ou mestiços. Ocorre particularmente em pacientes habituados a se barbear com regularidade. É decorrente de fator anatômico, especialmente nos negros e mestiços, serem do tipo ulotríquio. Fator secundário na sua patogênese é a infeção.

– Pseudofoliculite da virilha

A região da virilha possui uma pele muito fina e sensível. Ao entrar em contato com a lâmina – no momento da depilação- ou roupas muito apertadas, tendem a surgir inflamações. Isso porque os pelos não conseguem ultrapassar a derme, se curvando para dentro e penetrando novamente na pele. Uma boa opção para reduzir essas inflamações é buscar métodos alternativos de depilação, como laser. Além disso esfoliar e hidratar a pele são práticas fáceis e que ajudam no processo de tratamento da foliculite.

– Foliculite das nádegas (“foliculite do biquíni”)

Lesões foliculares formadas principalmente nas nádegas de nadadores, especialmente do sexo feminino, que permanecem por longos períodos na água, e/ou em atletas que atritam essa região do corpo em virtude das peculiaridades dos esportes que praticam. As principais causas dessas lesões são, possivelmente, a maceração e a oclusão dos poros dos folículos pilosos. Além de pápulas foliculares e pústulas, também podem ocorrer cistos.

Prevenindo o surgimento da foliculite:

  • Esfoliação;
  • Manter a pele sempre limpa e seca;
  • Evitar qualquer tipo de substância que possa entupir os canais;
  • Evitar espremer espinhas ou esfregar a pele;
  • Evite usar lâminas na área afetada;
  • Lave bem as mãos, com frequência;
  • Faça o uso de sabonetes antissépticos antes e depois da depilação;
  • Não fique com roupas molhadas no corpo por muito tempo;
  • Fique atento às condições sanitárias de piscinas e banheiras que utiliza;
  • Redobre os cuidados na hora de fazer a barba. Para isso, utilize água morna, com creme e/ou gel específico para barbear, o que diminui o atrito entre a pele e a lâmina. Após isso, aplique loção hidratante, para manter a pele saudável;
  • Não use roupas muito justas que causem atrito na pele;
  • Beba bastante água e evite alimentos muito gordurosos.

Avalie seu cliente para identificar os tipos de foliculite e encaminhar para o profissional habilitado e/ou atuar corretamente.

 

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Nath

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