Pós-operatório: Objetivo desses procedimentos
A cirurgia plástica pode ser definida como um conjunto de procedimentos cirúrgicos utilizados pelos médicos com a finalidade de reparar e reconstituir partes do corpo. O Brasil é o segundo país no mundo que realiza cirurgia plástica.
Para se conseguir os resultados esperados de uma cirurgia plástica, três momentos são importantes: antes, durante e após. Entretanto, é no pós-operatório que o paciente vive seu momento mais delicado, difícil e às vezes demorado.
O período pós cirúrgico deve ser encarado como uma continuidade da cirurgia, tendo o cliente comprometido, seguindo as orientações médicas, realizando os procedimentos estéticos pós-operatórios para que sua recuperação seja a melhor possível.
No pós-operatório o objetivo desses procedimentos deve ser:
Reduzir o quadro álgico, diminuir edema, evitar hematomas e equimoses, evitar aderências cicatriciais, evitar formação de fibroses, prevenir infecções.
Os procedimentos pós-operatório são realizados com o objetivo de aumentar a velocidade de recuperação e aumentar a qualidade dos resultados, prevenindo complicações desses procedimentos.
Com a cirurgia há lesão e traumas mecânicos nos tecidos envolvidos, os procedimentos pós-operatórios tem como objetivo devolver a flexibilidade e mobilidade tecidual.
Recursos estéticos que podem ser utilizados no pós operatório:
– Drenagem linfática manual: Visa a redução de edemas, potencializa a função imunológica.
– Ultrassom: Anti-inflamatório, reduz a formação de edemas e fibrose, potencializa a ação dos fibroblastos, fazendo uma remodelação do colágeno, melhorando a sua qualidade e tornando ele mais resistente e elástico.
– Alta frequência: Bactericida e fungicida.
– Laser de baixa potência: A luz do laser interage a nível biomolecular, por meio dos processos bioelétricos, bioenergéticos e bioquímicos celulares. O mecanismo de ação decorre da biomodulação do processo inflamatório, já que interfere com os mediadores químicos, inibindo a síntese das prostaglandinas, promovendo a estimulação dos fibroblastos na reparação tecidual da lesão cirúrgica.
– Microcorrentes: Auxilia no reparo tecidual, melhora elasticidade, nutrição e circulação.
– Iontoforese: A iontoforese pode ser utilizada para fazer a permeação de ativos antiedematosos e que favoreçam a cicatrização.
– Endermoterapia: A endermoterapia é também utilizada, pois desagrega as fibroses promovendo com isso um tecido mais uniforme. Modulação de aderências e fibroses. Utilizado em pós tardio.
– LED: A associação do LED vermelho com o LED verde também é utilizada com o intuito de melhorar a nutrição da área, prevenindo necroses. Também age como anti-inflamatório e antimicrobiano.
– Radiofrequência: Em temperaturas baixas, evitar formação de fibroses. Usado em pós-operatório tardio.
– Massoterapia: A massagem é capaz de produzir estimulação mecânica nos tecidos por aplicação rítmica de pressão e estiramento, tendo como efeito relaxamento, auxílio da circulação venosa e linfática, e absorção de substâncias extravasadas nos tecidos. Através da massoterapia, pode-se observar estiramento dos tecidos subcutâneos; alívio da dor devido ao estimulo do toque nos receptores de pressão na pele; aumento da circulação da área tratada; estiramento da fáscia; restauração da mobilidade dos tecidos moles e ainda a liberação de aderências. A massoterapia só deverá ser usada, e com cautela, a partir da fase de maturação. Os movimentos podem provocar descolamento tecidual, retardando a recuperação. Já que os tecidos foram descolados no ato cirúrgico e precisam se aderir para que haja sua restauração. Deve-se ter muita atenção na utilização da massoterapia convencional, pois corre-se o risco de provocar seromas e hematomas tardios (MILANI, 2006).
– Crioterapia: Dentre os recursos indicados para possibilitar a melhora na recuperação do ato cirúrgico temos a crioterapia, cuja utilização promove resfriamento do local aplicado, ocasionando vasoconstricção, minimizando o extravasamento sanguíneo e reduzindo a dor. O resfriamento imediato reduz a temperatura tecidual limitando, portanto, o trauma tecidual. A vasoconstrição ocorre por estimulo das fibras simpáticas e a diminuição da pressão oncótica, agregado a diminuição da permeabilidade da membrana que levam uma redução do edema. A redução do edema, que acompanha a aplicação da crioterapia em seguida a uma lesão aguda, pode ser atribuída à vasoconstrição imediata das arteríolas e vênulas, o que reduz a circulação até a área e, portanto, reduz o extravasamento de líquido para o espaço intersticial. Este efeito fica reforçado pela redução tanto do metabolismo celular como das substâncias vasoativas, tais como histamina (KITCHEN, 2003).
– Hidratação: Melhora a espessura e maciez da pele, favorece a cicatrização.
– Taping: Reduz o edema, a formação de equimose e principalmente a formação de fibrose no pós-operatório. Também diminui o número de sessões fisioterapêuticas e acelera o restabelecimento do paciente no pós-operatório das cirurgias abdominais.
Recomendações gerais ao paciente no pós operatório:
– Evitar movimentos bruscos;
– Tomar medicamentos prescritos;
– Informar o médico sobre imprevistos (dor além do esperado, insensibilidade, imobilidade de alguma região, sinais de infecção…);
– Respeitar o repouso (deitado ou sentado) e do tempo de movimento permitido;
– Usar cinta conforme indicação do médico;
– Não molhar os curativos antes da liberação;
– Evitar exposição direta ao sol, enquanto houver hematomas;
– Proteger a cicatriz do sol e mantê-la coberta com bloqueador;
– Evitar vento e frio excessivo, que podem deixar a pele sensível.
– Não fazer exercício físico intenso;
– Fazer tratamento estético que acelerem o processo de recuperação.
O pré-operatório também deve ser feito, para saber mais sobre esses tratamentos clica aqui.
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