Nódulo após Endolaser? Pode ser Esteatonecrose! Entenda o que é.
O procedimento de Endolaser trouxe inovações significativas para a estética e cosmetologia, mas com o aumento de sua realização, surgem casos de intercorrências. Uma delas é a formação de nódulos, que pode estar associada ao excesso de energia aplicada no local. Este artigo abordará essas complicações e, mais especificamente, a Esteatonecrose, uma condição que merece atenção especial.
O que são os Nódulos Pós-Endolaser:
Os nódulos pós-Endolaser podem assumir várias formas, tamanhos e características, variando de superficiais a profundos, visíveis a não visíveis e até mesmo acompanhados por coleções de pus. A origem dessas nodulações está, em grande parte, ligada ao uso excessivo de energia durante o procedimento e à profundidade da fibra óptica utilizada.
Complicações e Tratamentos:
Existem diversas complicações possíveis, incluindo nódulos com coleção purulenta, coleção sanguinolenta (possivelmente relacionada à síndrome Morel Lavalle) e seromas. O tratamento para essas complicações envolve a extração do líquido acumulado, juntamente com a aplicação de ozonioterapia e ultrassom.
A Esteatonecrose:
Recentemente, uma possível complicação foi identificada por meio de exames radiológicos: a Esteatonecrose. Essa condição, também conhecida como necrose gordurosa, ocorre quando enzimas lipolíticas extravasam para o tecido adiposo, levando à digestão das células de gordura e à formação de nódulos. A Esteatonecrose pode manifestar-se como uma massa palpável, dor e tem um tamanho mínimo de 1 cm.
Aspectos Microscópicos:
Sob um exame mais detalhado, a Esteatonecrose se caracteriza pela interrupção das células de gordura e a formação de vacúolos contendo restos de células de gordura necróticas. Macrófagos carregados de lipídios, células gigantes multinucleadas e células inflamatórias agudas cercam esses vacúolos. A fibrose se desenvolve durante a fase de reparação, envolvendo a área de gordura necrótica.
Prevalência e Possíveis Tratamentos:
A Esteatonecrose é uma complicação que pode ocorrer após cirurgias mamárias, como a inserção de próteses de silicone, em casos de pancreatite aguda, lipoescultura ou lipoenxertia (por exemplo, aumento de glúteo) e agora, com o Endolaser. O tratamento possível envolve a aspiração cirúrgica da Esteatonecrose, de forma semelhante a uma lipoaspiração.
Embora as complicações do Endolaser sejam uma área em evolução, é fundamental abordar os riscos com cautela e buscar o diagnóstico preciso antes de prosseguir com tratamentos adequados. À medida que mais informações e estudos científicos se tornam disponíveis, nossa compreensão sobre essas complicações cresce. A prudência na realização do Endolaser é crucial, e a identificação precoce e o tratamento correto de complicações são essenciais para garantir a segurança do paciente.
Este artigo oferece um vislumbre das complicações que podem surgir após o Endolaser e destaca a importância da pesquisa contínua e da cautela na prática clínica.
Lembrando que a segurança do paciente é primordial, e o controle térmico durante o procedimento, o uso de materiais esterilizados e a atenção aos cuidados pós-procedimento desempenham um papel fundamental na prevenção de complicações. O conhecimento é a melhor ferramenta para garantir a segurança e o sucesso do Endolaser.
Ps.: Assista o vídeo para saber mais sobre o assunto!