Será que podemos realizar microagulhamento para hipercromia? Vamos discutir sobre isso agora!

O microagulhamento é uma técnica não invasiva que tem o objetivo de induzir a produção de colágeno por via percutânea. Nessa técnica o profissional promove microlesões, controladas, as quais geram um processo inflamatório local.

Klayn em 2012 afirmou que o microagulhamento é uma técnica que tem como objetivo estimular a produção de colágeno por meio de perfurações cutâneas que causam um processo inflamatório, com isso, são liberados fatores de crescimento, que favorecem a proliferação celular, em especial os fibroblastos, e consequentemente, a síntese das proteínas de sustentação.

Segundo Setterfield um dos pontos chave da técnica é o mecanismo de comunicação celular. Há comunicação com 3 células chave: células de langerhans, melanócitos e fibroblastos. Ao ocorrer a lesão na epiderme, os queratinócitos sinalizam essas três células.

As discromias podem ser representadas por manchas mais claras (hipocromias) ou mais escuras (hipercromias) do que a coloração da pele normal e produzem, na sua maioria, um resultado estético desagradável. A coloração da pele é um fator de grande relevância na busca de uma aparência saudável.

A hipocromia é caracterizada pela diminuição da produção de melanina, a acromia é a ausência de melanina e a hipercromia que é a que tratamos e vamos relatar um pouco mais agora.

As hipercromias são desordens de pigmentação que tem origem numa produção exagerada de melanina, pelos melanócitos. Que podem ser ocasionados pelo envelhecimento, alterações hormonais, inflamação, alergia, utilização de substâncias, medicamento, estresse oxidativo, cortisol e de fator genético.

A produção de melanina pode ser ativada de forma direta nos melanócitos ou de forma indireta através da comunicação celular. São ativados pelos fibroblastos, endotelina 1, hormônio melanócito estimulante, histamina, prostaglandina.

Estudos demonstram que ao realizar o rolamento do aparelho por 15 vezes seguidas sobre a região desejada resultará, em média, 250 orifícios/cm². O microagulhamento provoca a liberação de fatores de crescimento que incentivam a formação de colágeno e elastina na derme. A redução de manchas e cicatrizes é notória após o término do tratamento (SOUSA, 2012).

Microagulhamento tem sido explorada como tratamento por ser um meio de distribuição de fármacos pela derme, na população com fototipo elevado para o tratamento de distúrbios de hiperpigmentação.

O ponto forte do microagulhamento são as disfunções que necessitam de nova formação de colágeno, com isso vale enfatizar que para hipercromia temos tratamentos mais eficientes, e que caso opte pelo microagulhamento o comprimento de agulha mais recomendado são os que proporcionam apenas o Drug delivery, que são as agulhas de 0,2 a 0,3mm.

Vale lembrar que para tratar hipercromia quanto menos agressivo for o procedimento melhor, pois os melanócitos são sensíveis, então a qualquer sinal de perigo ele pode reagir e ocasionar um efeito rebote.

 

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Nath

 

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