A formação da fibrose está relacionada a um processo cicatricial. Normalmente ocorre a partir de um evento cirúrgico, que se inicia através de um complexo de respostas defensivas, que existem para manter a homeostasia do organismo.
Macedo (2011) a descreve como ondulações que aparecem na região lesionada, podendo ocorrer em maior ou menor grau. Esta disfunção se traduz na produção de colágeno de forma desordenada e desorganizada, o que leva a produção das ondulações, que podem causar repuxamento e dor ao paciente.
A fibrose é uma formação ou desenvolvimento em excesso de tecido conjuntivo fibroso em um órgão ou tecido como processo reparativo ou reativo, com a formação de tecido fibroso como um constituinte normal de um órgão ou tecido. Este tecido fibroso é uma espécie de edema e proteínas acumuladas de forma crônica, que atrapalham o funcionamento dos fibroblastos, que são responsáveis pela cicatrização.
É um processo natural do organismo em resposta a qualquer cirurgia, que pode ocorrer em maior ou menor grau e sua aparição depende de vários fatores. Logo após a cirurgia, a fibrose é intensa, endurecida e sensível e vários fatores podem influenciar no aparecimento da mesma, como repouso inadequado da área, leves traumas na região (como pegar peso), uso incorreto da cinta compressiva, levando a irregularidades cutâneas e desconforto ao paciente.
Kede e sabatovich afirma que a fibrose está associada à existência de defeitos na cicatrização em função do excesso de produção de matriz extracelular e pelo elevado índice de mitose dos fibroblastos dérmicos, existindo, portanto, desregulação entre proliferação e apoptose dessas células. Deste modo, entende-se que, para evitar a formação de fibrose, deve-se atuar terapeuticamente logo no início da resposta à agressão tecidual, quando ocorre a síntese de colágeno.
Avaliação da Fibrose:
O protocolo de avaliação dos níveis de fibrose cicatricial – PANFIC é feito através da palpação e observação das áreas corporais, o examinador poderá classificar a fibrose em 4 níveis, obedecendo os seguintes critérios:
Nível zero: Não foi detectado indícios de fibrose após a avaliação visual e a palpação, nas posições decúbito dorsal e ventral.
Nível um: A fibrose somente é detectada após a palpação da região avaliada, com o paciente em decúbito dorsal e ventral.
Nível dois: A fibrose é detectada após a avaliação visual do paciente na posição ereta. Entretanto, nas posições de decúbitos (dorsal e ventral) a detecção é feita após palpação.
Nível três: A fibrose é detectada após a avaliação visual, estando a paciente tanto na posição ereta quanto nos decúbitos dorsal e ventral.
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