Apesar de muito popular, o termo celulite é erroneamente empregado para denominar o fibro edema gelóide (FEG).
Outras nomenclaturas são utilizadas para designar essa condição, como:
- Lipodistrofia ginóide
- Lipoesclerose nodular
- Paniculopatia edemato fibroesclerótica
- Paniculose
- Dermoipodermose
- Dermatopaniculopatia edematosa fibrosa e esclerosa
- Hidrolipodistrofia ginóide
Porém a denominação considerada mais correta para a disfunção é hidrolipodistrofia ginóide.
Essa disfunção estética acomete as mulheres, alguns autores consideram um atributo próprio do sexo e não um estado patológico. Pode estar agregada ou não a obesidade e acomete mais a região do quadril, nádegas, membros inferiores e menos frequentemente, o abdômen e a face látero posterior dos braços.
É definido como uma disfunção metabólica localizada, do tecido subcutâneo e da derme, a qual provoca alteração na forma corporal feminina, causada pelo excesso de tecido adiposo retido no septo fibroso e por projeções deste na derme.
O FEG modifica a estrutura histológica da pele e altera o tecido conjuntivo e, consequentemente, ocorre a polimerização excessiva dos mucopolissacarídeos, o que resulta no aumento da retenção de água, sódio e potássio, conduzindo à elevação da pressão intersticial e gerando compressão de veias, vasos linfáticos e nervos.
Como a celulite afeta quase exclusivamente mulheres, o fator hormonal merece atenção neste sentido. A distribuição do FEG na mulher ocorre em regiões específicas e segue o mesmo padrão que o depósito de tecido adiposo.
Um estudo concluiu que fatores mecânicos podem afetar a aparência do FEG, tais como: alterações ortostáticas, descalço e alterações da coluna lombar, como a hiperlordose.
Além disso, houve relato na literatura que, nas áreas onde o FEG foi evidente, a aparência da pele mudou em função da posição do membro inferior. Portanto, os autores concluíram que a postura corporal tende a comprimir o tecido adiposo em áreas específicas, aumentando assim a aparência das depressões.
A exata etiologia do FEG é desconhecida, para alguns autores ela é caracterizada como uma distrofia celular complexa, acompanhada de alterações do metabolismo hídrico, resultando em uma saturação do tecido conjuntivo.
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