Eletrolipólise é uma técnica destinada ao tratamento de adiposidade, acumulo de ácidos graxos localizados.

Caracteriza-se pela aplicação de uma corrente especifica de baixa frequência, ao redor de 25Hz, que atua diretamente no nível dos adipócitos e dos lipídios acumulados, produzindo lipólise e favorecendo sua eliminação.

É também chamada de eletrolipoforese.

De início a técnica se aplicava por meio de eletrodos em forma de finas agulhas diretamente implantadas no panículo adiposo, realizada apenas por equipe médica. Segundo Guirro e Guirro, a indústria de equipamentos da área da estética criou a eletrolipólise com placas transcutânea na tentativa de ampliar o mercado de venda. Entretanto não encontramos estudos comprovando a eficácia da eletrolipólise com uso de eletrodos transcutâneos.

A aplicação dos eletrodos em forma de agulha, ligadas a uma corrente de baixa intensidade, cria um campo elétrico entre elas, promovendo uma modificação no meio intersticial, favorecendo as trocas metabólicas e ainda lipólise.

De acordo com os relatos de alguns autores, os principais efeitos fisiológicos proporcionados pela eletrolipólise são: 

 

Efeitos fisiológicos da eletrolipólise:

  • Efeito Joule

A corrente elétrica ao circular por um condutor realiza um trabalho que produziria certo tipo de “calor” ao atravessá-lo. O aumento dessa temperatura não atinge tecidos orgânicos, pois se trata de uma corrente com uma intensidade pequena, porém suficiente para contribuir para a instalação de uma vasodilatação com aumento de fluxo sanguíneo local. Dessa forma, é estimulado o metabolismo celular local, estimulando a queima de calorias e melhorando o trofismo celular.

  • Efeito eletrolítico

Em condições normais, a membrana celular é semipermeável, separando dois meios de composição iônica diferente, o meio intracelular (eletronegativo) e o meio extracelular (eletropositivo). O campo elétrico gerado por esta corrente na eletrolipólise induz o movimento iônico que traz consigo modificações na polaridade da membrana celular. A célula tende a manter seu potencial elétrico de membrana e essa atividade consome energia no nível celular.

  • Efeito de estimulo circulatório

O ligeiro aumento de temperatura que se instala no local (efeito joule) contribui, em parte, para a instauração de uma vasodilatação, pois a corrente atua com estímulo direto nas inervações, promovendo uma ativação da microcirculação. Foi relatado que a frequência de 25Hz é mais eficaz para tratar alterações circulatórias e congestivas. A micro estimulação elétrica ativa fibras do tecido conjuntivo subcutâneo, que favorecem também a drenagem linfática e sanguíneo, provocando uma melhora da qualidade e aspecto da pele. Silva relatou que o estímulo circulatório produzido pela corrente elétrica tem grande importância na drenagem da área. Esse efeito particularmente é um dos que mais justificam o uso da eletrolipólise no FEG.

  • Efeito neuro-hormonal

Quando se utiliza uma corrente especifica de baixa frequência durante a eletrolipólise, produz-se uma estimulação artificial do sistema nervoso simpático e, como consequência, ocorre a liberação de catecolaminas com aumento do AMPc intradipocitário e aumento da hidrolise dos triglicerídeos. Trabalhos realizados com esta técnica demonstraram a presença de quantidades significativas de glicerol na urina, horas subsequentes ao tratamento (sabe-se que, em condições basais, o glicerol não é detectado na urina). Segundo alguns autores, esse fato indica ativação da lipólise que, produzida em conjunto, e como consequência de todos os efeitos mencionados, ocorre também aumento do catabolismo local, que traduz clinicamente em uma redução do panículo adiposo, desde a primeira sessão.

Contraindicações da eletrolipólise:

Relativas:

  • Transtornos cardíacos: Insuficiência cardíaca, alteração do ritmo.
  • Portadores de marcapasso;
  • Cardiopatias congestivas;
  • Gestação;
  • Trombose venosa profunda;
  • Estado venoso catastrófico;
  • Neoplasias.

Absoluta:

  • Renais crônicos: Insuficiência renal
  • Uso de corticosteroides;
  • Anticoagulantes: Em caso de sangramentos acidental poderia ocorrer complicações.
  • Alterações dermatológicas na área tratada: Dermatites, dermatoses, feridas, eczema, inflamações. Pois podem apresentar irritação a corrente elétrica.

 

→ Consultoria + Escola de Estética e Cosmetologia: Clique aqui!

Nath

Você deve gostar