Os músculos abdominais formam um apoio elástico de “quatro vias de estiramento” para o conteúdo abdominal. São elas o reto abdominal, o transverso do abdômen, oblíquo interno e oblíquo externo.

Centralmente, a união destes músculos forma uma linha tendínea chamada linha alba. A linha alba é constituída pelo entrecruzamento das fibras aponeuróticas dos músculos laterais do abdome na linha mediana.

Fatores que aumentam a pressão interna do abdome podem contribuir para o afastamento dos músculos retos abdominais, alargando a linha alba, promovendo frouxidão das estruturas de resistência central do abdome, o que caracteriza a diástase dos retos abdominais.

Este afastamento e perda da resistência facilitam a protrusão de estruturas internas do abdome contra a linha central promovendo o aparecimento de uma crista na linha central, melhor percebida nas situações de aumento da pressão interna.

Para realizar a avaliação da DMRA é realizada a palpação, dois dedos acima do umbigo, a paciente em decúbito dorsal com joelhos fletidos, pede-se que ela faça uma flexão anterior de tronco levando as mãos aos joelhos, o fisioterapeuta poderá sentir tanto a largura como a extensão de qualquer separação dos retos. Nessa avaliação são considerados a quantidade de dedos que podem ser inseridos na fenda entre os ventres musculares, sendo considerado normal uma diástase de dois dedos, o que seriam mais ou menos três centímetros e que tem recuperação espontânea (BORGES & VALENTIN, 2002) (BELEZA & DE CARVALHO, 2010).

Atualmente usa-se um instrumento de medição precisa com diâmetro e espessura conhecido como paquímetro, o mesmo confere maior fidedignidade na medida da separação dos retos se comparado a medição com os dedos. (BOTH, NETO, & MOREIRA, 2008)

Existem vários relatos na literatura, que incluem resultados satisfatórios do uso da eletroestimulação para melhora da qualidade da função muscular. Os objetivos da técnica incluem: manter a qualidade e quantidade do tecido muscular, recuperar a sensação de tensão muscular, aumentar ou manter força muscular, e estimular o fluxo de sangue no músculo. O aumento da força muscular com eletroestimulação pode ser alcançado em pouco tempo e este fortalecimento se dá artificialmente (Camargo et al, 1998; Hoogland, 1988).

Esta DMRA não provoca desconforto nem dor, entretanto, com a distensão excessiva, pode haver interferência na capacidade da musculatura abdominal na estabilização do tronco, gerando maior predisposição ao desenvolvimento de dor lombar.

Sua ocorrência é mais comum na gestação e no pós-parto imediato. Alguns fatores podem ser predisponentes para a diástase: obesidade, gestações múltiplas, multiparidade, polihidrâmnio (excesso de líquido amniótico), macrossomia fetal e flacidez da musculatura abdominal pré-gravídica, por levar a maior distensão abdominal durante a gravidez.

 

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Nath