O ácido glicólico ou ácido hidroxiacético é o alfa hidroxiácido mais utilizado em produtos para o tratamento esfoliativo da pele. É derivado da cana de açúcar, mas pode ser encontrado também na beterraba, uva, alcachofra e abacaxi. Conhecido como o peeling da hora do almoço, porque o cliente pode realizá-lo no horário de almoço e já retornar para suas atividades sem nenhuma alteração na pele.

Por ser hidrofílico, se difunde livremente na fase aquosa, sem precisar de proteínas plasmáticas. Apresentando respostas mais rápidas em soluções aquosa, por serem mais bem permeados.

Os alfa hidroxiácidos se diferenciam-se pelo tamanho da sua molécula. O ácido glicólico possui 2 carbonos em sua molécula, sendo o de menor tamanho molecular, e, portanto, com maior poder de penetração na pele, por esse motivo pode apresentar ardência e queimação.

Em nível superficial o ácido glicólico não produz dano a pele, têm a função de revitalização, pois faz uma dilatação dérmica e estimula a produção de fibroblastos. Trazendo a hipótese de que o ácido glicólico atenua rugas, sem ter uma necrose tecidual no local tratado, ou que o ácido glicólico estimule a síntese da glicosaminoglicanas, substância responsável por reter a água no interior da derme.

Quando aplicado sobre a pele provoca vasodilatação, diminui a espessura e a compactação do extrato córneo, acelera o turnover da epiderme e estimula a síntese de colágeno. Também diminui a adesão entre os corneócitos, melhorando a absorção de outras substâncias associadas.

O tempo de exposição ao ácido é muito relativo, pois ele é considerado tempo dependente, de acordo com a patologia ou tipo de pele é que se considera um tempo de exposição e a frequência de aplicações: quanto mais repetições, mais sensível fica a pele.

 

Recomendação de uso do Ácido Glicólico:

Concentração:

De 1 a 10% em cremes e loções;

2 a 10% acne, queratose actínica, hipercromias, atenuação de rugas finas e linhas de expressão.

De 20 a 70% para peelings médicos, com efeito epidermolítico. Permanecendo na pele por 5 minutos.

Faixa de pH ideal:

Como esfoliante forte de 1 a 2. Como hidratante e esfoliante suave de 3 a 4. Como hidratante simples de 5 a 6,5.

Incompatibilidade:

Incompatível com géis de carbômero, podendo reagir com substâncias alcalinas formando glicolatos ou complexos.

É pouco irritante e pouco fotossensível, é caracterizado por não ter efeito tóxico a nível sistêmico. (mas é necessário ver a observação abaixo)

Eritema persistente, hiperpigmentação, aumento da pré-disposição ao herpes simples, e eventualmente deixar cicatrizes hipertróficas.

Contraindicação do ácido glicólico:

  • Cicatrizes recentes;
  •  Período pós-operatório imediato de peelings profundos;
  •  Lesão ativa de herpes zoster;
  •  Peles com eritema;
  • Medicamentos como ácido retinóico em altas concentrações, hidroquinona em formulações agressivas, produtos com Resorcina, ácido salicílico;
  • Peles com eritema solar;
  • Pacientes que realizaram depilação com uso de cera quente;
  • Urticária, peles com coceira.
  • É desaconselhável a exposição ao sol ou o uso de medicações irritantes da pele nas 72h que sucedem ao peeling com ácido glicólico.
  • Não se deve aplicar em peles com fototipo acima do 3.

Indicações estéticas:

  • Rejuvenescimento;
  • Acne;
  • Peles ásperas;
  • Peles espessas;
  • Estrias;
  • Hipercromias.

O ácido glicólico promove hidratação, esfoliante, é Antiacneico e rejuvenescedor. Todos os efeitos vão depender de alguns fatores, como a concentração e seu pH.

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Nath

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